Donos de circos reclamam de falta de incentivos e injustiça

29/07/2009 - 17:00  

Os donos de circos reclamam que mudanças no formato dos espetáculos exigiram investimentos muito altos, e o setor não conta com auxílio governamental. Representantes da categoria citam, como exemplo, o caso do Cirque Du Soleil (que não usa animais em seus espetáculos), que iria receber incentivo de R$ 9,4 milhões da Lei Rouanet, em sua vinda ao País em 2006. Críticas de empresários do ramo no País, que não têm direito ao incentivo, teriam feito o Ministério da Cultura voltar atrás.

Outra reclamação dos donos de circo é em relação ao substitutivo às 17 propostas sobre uso de animais em circos, já aprovado em duas comissões da Câmara. Eles argumentam que a proposta proíbe a utilização dos animais em espetáculos circenses, mas não estende a medida para rodeios e vaquejadas, por exemplo.

Para o empresário Marcio Stankowich, os circos são injustiçados. Ele contesta também as acusações de que os animais seriam maltratados. "Nós não somos caçadores, não vamos até a selva para tirar os animais de seu habitat natural. Os animais são nascidos e criados no circo."

Destino doa animais
Stankowich argumenta que a presença dos animais é a alma dos espetáculos circenses e as organizações que protestam muitas vezes não se lembram de pensar o que será desses animais se eles deixarem os circos. "Toda profissão tem os bons e os maus. A gente não pode generalizar", afirma.

A presidente da União Brasileira dos Circos Itinerantes, Marlene Olímpia Querubim, também defende o uso de animais em circos. Ela diz que a prática garante a manutenção de uma atividade que envolve muito artistas, e que o atual modelo de espetáculo já é um patrimônio cultural.

Reportagem - Juliano Pires
Edição - Paulo Cesar Santos

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