Bacen não detectou má-fé na fiscalização do Nacional

27/11/2001 - 15:51  

Questionada pelo deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) sobre os procedimentos adotados pelo Banco Central no caso do Banco Nacional, a diretora de Fiscalização, Tereza Grossi, explicou que o processo administrativo não apurou má-fé de nenhum dos integrantes da fiscalização. “Nunca houve da parte da fiscalização uma comunicação dizendo que o banco estava quebrado. Os diretores foram envolvidos somente quando a situação ficou clara,”.
Deputados da CPI não conseguem entender como as fraudes nos balanços do Nacional puderam ser sistematicamente ignoradas pela fiscalização do Bacen no período de 1989 a 1995, quando ocorreu a intervenção.
Tereza Grossi reconheceu que a estrutura de fiscalização do Banco Central era deficiente. “Estávamos voltados para a fiscalização do cumprimento de normas e não para o acompanhamento da situação dos bancos. As normas não eram voltadas para uma gestão prudencial. Além disso, a fiscalização estava atrasada em relação à modernização do sistema financeiro. Nós sequer trabalhávamos com computador”, argumentou.

Por Cid Queiroz/AM

(Reprodução autorizada mediante citação da Agência)

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