Deputados defendem financiamento para transporte fluvial
31/03/2009 - 19:50
Os participantes da audiência pública sobre os meios de transporte na Amazônia discutiram a situação do transporte aquaviário na região. Segundo o Secretário de Fomento para Ações de Transportes do Ministério dos Transportes, Pedro da Costa Carvalho, mais de 90% dos passageiros são transportados por barco na Amazônia.
Ele criticou a falta de uma regulamentação para essa modalidade de transporte de passageiros e pediu aos deputados que cobrem dos governos estaduais a legislação pertinente. Além disso, ele pediu auxílio dos parlamentares para modificar as regras de financiamento de projetos a partir dos recursos do Fundo da Marinha Mercante.
Segundo Carvalho, as regras estabelecidas na legislação e pelos bancos que administram as verbas do fundo acabam destinando todo o dinheiro para as grandes empresas. Com isso, os recursos não são aproveitados por pequenos empreendedores que fazem o transporte de passageiros na Amazônia.
Fundo da Marinha
O Fundo da Marinha Mercante teve R$ 7,6 bilhões investidos projetos de infraestrutura e construção naval em 2008. Pedro Carvalho acrescentou que a segurança não diz respeito somente à aviação, mas também precisa ser desenvolvida no transporte fluvial, típico da região amazônica e de menor custo que o rodoviário ou o ferroviário. "Existem 19 mil quilômetros de vias navegáveis na Amazônia e essa é a melhor solução de transporte de carga e passageiros na região", concluiu. Carvalho lembrou que o transporte fluvial não agride a natureza porque as vias já estão prontas. Isso também diminui o custo desse tipo de transporte, pois não há necessidade de construção das vias.
Regras de segurança Reportagem - Cristiane Bernardes
Apesar da facilidade da navegação, o Diretor de Infraestrutura Aeroportuária da Anac, Alexandre Gomes Barros, ressaltou que é necessário manter aeroportos na região, devido à dificuldade de acesso às localidades. Ele destacou que a agência está revisando as regras de segurança para os aeroportos da região, a fim de facilitar a manutenção e a operação deles sem diminuir a segurança para passageiros e tripulantes.
Edição - Patricia Roedel
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