Deputados elogiam o projeto, mas fazem ressalvas

18/02/2009 - 22:09  

Em discursos no plenário, deputados disseram que a aprovação da obrigatoriedade de airbags vai aumentar a segurança no trânsito, mas também houve críticas à proposta. O líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), lembrou sua formação de ortopedista e sustentou que o equipamento é fundamental para proteger partes vitais como cabeça, coluna e tórax.

O deputado Marcelo Almeida (PMDB-PR) criticou o projeto. "É preciso pensar no Brasil: o airbag só é obrigatório em um país e vai encarecer os automóveis em cerca de 10%, além de tornar os seguros mais caros, porque ao ser usado estoura o painel do carro", disse. Além disso, ele previu que o item vai ficar obsoleto em alguns anos, substituído pela evolução da tecnologia.

Recursos
Dr. Ubiali (PSB-SP) lembrou que os acidentes de trânsito consomem recursos da saúde pública. Segundo ele, o uso do airbag vai minimizar o problema. O deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) criticou o fato de a Câmara tratar de questões do trânsito "de maneira superficial", em vez de fazer uma reforma completa nas leis do setor.

Para o deputado Eduardo Valverde (PT-RO), a universalização do uso do airbag vai baratear o produto, "que hoje só existe em carro de luxo, enquanto o trabalhador fica sem proteção".

O deputado Jorginho Maluly (DEM-SP) comparou a importância do airbag à do cinto de segurança: "Muitos diziam que a obrigatoriedade do cinto elevaria custos, e hoje se sabe quantas vidas foram salvas."

Vicentinho (PT-SP) também defendeu o projeto. Segundo ele, é bom que os modelos novos tenham de vir logo com o airbag, enquanto para os antigos haja um prazo de instalação. "Mexer na linha de montagem não é fácil", disse Vicentinho, que trabalhou no setor. "Se a obrigação fosse imediata, haveria um impacto nos preços dos carros", acrescentou.

Reportagem - Luiz Claudio Pinheiro
Edição – João Pitella Junior

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