Política e Administração Pública

Líder do PRB quer correção de aposentadorias pelo salário mínimo

06/02/2009 - 10:05  

O líder do PRB, deputado Cleber Verde (MA), afirma que o seu partido prioriza para votação neste ano o fim do fator previdenciário, a recomposição salarial dos aposentados e, o que ele considera principal, a proposta de emenda constitucional que prevê o uso do índice de correção do salário mínimo para também corrigir aposentadorias e pensões.

Aos 36 anos, Cleber Verde está em seu primeiro mandato de deputado federal. Ele preside a Frente Parlamentar em Defesa dos Aposentados e Pensionistas, criada no ano passado.

Professor de Matemática e servidor do INSS, Cleber já trabalhou como feirante. Na Câmara, foi vice-líder do Bloco PSB, PDT, PCdoB, PMN, PRB no ano passado, quando também ocupou a 3ª Vice-Presidência da Comissão de Direitos Humanos.

Antes de chegar à Câmara, foi vereador por três mandatos em São Luís (MA). É o atual presidente do time de futebol Moto Club, campeão maranhense de 2004. Verde é titular das comissões especiais que analisam a desvinculação das receitas da União (PEC 277/08) e a reestruturação das carreiras policiais (PEC 549/06). Foi também titular da CPI da Subnutrição de Crianças Indígenas, encerrada no ano passado.

O deputado concedeu a seguinte entrevista à Agência Câmara:

Agência Câmara - Quais são os temas prioritários do seu partido para este ano?

Cleber Verde - O fim do fator previdenciário, a recomposição salarial dos aposentados e, obviamente, a proposta número 1 que é a PEC do senador Paulo Paim que trata da aplicação do mesmo índice usado para a correção do salário mínimo na correção das pensões e aposentadorias. São três projetos já aprovados no Senado e que a Câmara precisa urgentemente aprová-los. Eu incluiria ainda um projeto meu, que trata da "desaposentação": permite que o aposentado hoje proporcional, que continua no mercado de trabalho, possa renunciar a sua aposentadoria e solicitar o acréscimo do tempo trabalhado após aposentado, para melhorá-la.

Agência Câmara - Como será a posição em relação ao governo?

Cleber - Fazemos parte da base de sustentação do governo e por isso apoiamos o governo em todos os sentidos. Mas no que tange especificamente aos aposentados nós temos de estar contra o governo porque defendemos posições contrárias.

Agência Câmara - Qual a sua posição sobre as principais reformas - tributária e política - e sobre a PEC das MPs?

Cleber - A reforma tributária é urgente, está pronta para ser votada. Apesar de algumas divergências com alguns estados que estão no prejuízo, mas acho que está na hora de pensar o Brasil. Os governos estaduais e os deputados devem deixar de lado algum prejuízo e entender que o Brasil como um todo ganha.
A reforma política precisa identificar os pontos comuns, porque é uma reforma difícil de ser feita. Então é necessário encontrar os pontos de consenso entre os partidos para aprová-la pontualmente, porque ela deve acontecer aos poucos.
Entendemos que as medidas provisórias são um complicador da discussão e da defesa dos projetos dos parlamentares. Chegou a hora de o governo dar força ao Parlamento. Reconhecemos que é um instrumento importante para o governo, não pode prescindir, mas diminuir a quantidade é de suma importância para que mais projetos sejam apreciados. A discussão da PEC tomou um bom rumo e acredito que sua aprovação é necessária para dar mais poder ao Legislativo.

Reportagem - Cid Queiroz
Edição - Newton Araújo

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