Política e Administração Pública

Câmara poderá ter frente em defesa da paz mundial

28/10/2008 - 20:23  

A busca da paz mundial e a proibição do uso de armas nucleares poderão ser temas de uma nova frente parlamentar ou de uma subcomissão da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional. Essa possibilidade foi levantada nesta terça-feira durante audiência pública da comissão, em resposta a apelos de representantes da Federação Japonesa de Movimento da União Federativa Mundial.

O presidente da União Federativa Mundial, Kenji Utsonomia, pediu o apoio do Congresso para que seja materializado o objetivo dessa entidade — a instituição de uma comunidade global, nos moldes da União Européia, para acabar com todas as guerras.

Já o vice-presidente da entidade, Yoshiji Imamura, sugeriu aos parlamentares que aprovem resolução para incluir, nas regras do Tribunal Penal Internacional, a proibição do uso de armas nucleares. Atualmente, o tribunal adota recomendação nesse sentido da Organização das Nações Unidas (ONU), sem força de lei.

Processo longo
O 1º vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores, deputado Takayama (PSC-PR), disse que para atender a esses pedidos será necessário um processo longo e difícil, mas apoiou as propostas. "Sabemos das dificuldades, mas é preciso fazer algo neste momento em que, por causa do aumento da tecnologia, um maior número de países — alguns deles beligerantes, como o Irã e a Coréia do Norte — têm acesso à tecnologia nuclear. É muito importante haver um esforço para evitar o uso de armas nucleares, e a melhor maneira é por meio da legislação", afirmou.

Autor do requerimento para a realização da audiência, o deputado Walter Ihoshi (DEM-SP) acredita que o Brasil pode assumir um papel de liderança na defesa da paz mundial. "O nosso País praticamente desconhece o que é uma guerra; ele é pacífico, e essa cultura tem de ser levada ao mundo todo. Apesar de haver criminalidade e uma série de situações sociais que devem ser enfrentadas, o povo brasileiro é pacífico", ressaltou.

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Reportagem - Idhelene Macêdo/Rádio Câmara
Edição - Maria Clarice Dias

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