Ambientalistas divergem sobre necessidade de novas leis

05/06/2008 - 21:01  

Durante a comissão geral sobre meio ambiente e Amazônia realizada na tarde desta quinta-feira, o representante da publicação Alerta Científico e Ambiental, Lorenzo Carrasco, disse que fracassou o modelo de política ambiental desenvolvido no Brasil nos últimos 20 anos — com uma legislação restritiva, que incluiu 12% do território nacional em reservas. "Há necessidade de mudança real na política, pois o País perdeu presença e soberania na região ao entregar tarefas estatais às organizações estrangeiras financiadas por governos de outros países", alertou.

Na avaliação de Carrasco, não são as leis que vão resolver o problema, mas o cumprimento das que já existem. Carrasco admite a mudança na legislação atual para desenvolver a atividade econômica. Segundo ele, as pressões internacionais e dos governos de outros países foram a motivação para as alterações legislativas realizadas nos últimos anos.

Vontade do povo
O diretor de políticas públicas do Greenpeace, Sérgio Leitão, rebateu as críticas de Carrasco. Ele considerou muito graves as acusações de que a Constituição e as leis ambientais foram aprovadas por pressões internacionais. "Essa Casa sempre votou por vontade do povo brasileiro, pois os parlamentares representam o povo brasileiro", retrucou.

Leitão disse ainda que é preciso separar o legítimo interesse dos amazônidas daquilo que deve ser tratado pelas instituições policiais e de Justiça do País.

Reportagem - Cristiane Bernades e Oscar Telles
Edição - Natalia Doederlein

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