Agropecuária

Comissão rejeita limite para área de extração de madeira

07/12/2007 - 13:25  

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural rejeitou na quarta-feira (5) o Projeto de Lei 1918/07, do deputado Marcelo Ortiz (PV-SP), que estabelece critérios para o plantio de espécies exóticas para fins comerciais. O texto limita em 50% da área produtiva de cada propriedade rural a parte destinada ao plantio de espécies como eucalipto e pinho, usados para extração de madeira. A proposta exclui da exigência as pequenas propriedades e as áreas rurais de posse familiar.

O relator, deputado Zonta (PP-SC), apresentou parecer pela rejeição e destacou que a proposta não é viável do ponto de vista econômico nem ambiental. Segundo ele, estimativas do Ministério do Meio Ambiente mostram que é necessário plantar, por ano, cerca de 630 mil hectares de espécies exóticas de rápido crescimento para atender à demanda por madeira.

Além disso, segundo o relator, a exigência de licenciamento ambiental para as florestas plantadas com áreas superiores a cem hectares, também contida no projeto, já faz parte das resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).

Desmatamento
Segundo o deputado Marcelo Ortiz, o projeto poderá reduzir os altos índices de desmatamento da Amazônia, da Mata Atlântica, do Pantanal, dos Pampas, do Cerrado e da Caatinga, de onde são retiradas as madeiras em tora para abastecer o mercado atualmente.

Marcelo Ortiz ressaltou que o desmatamento na Amazônia, no último quadriênio, atingiu 84,4 mil Km², apesar do esforço governamental para criar unidades de conservação e investir em fiscalização. Em relação ao Cerrado, Pantanal, Pampas e à Caatinga, esses biomas, segundo ele, "apresentam historicamente déficit de normas voltadas à sua preservação e conservação, o que justifica a adoção de medidas complementares para reforçar a preservação e evitar o desmatamento".

Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisado pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

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Reportagem - Antonio Barros
Edição - João Pitella Junior

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