Interrupção da gravidez é problema de saúde pública

15/05/2007 - 19:40  

O Ministério da Saúde considera o aborto como um dos mais graves problemas de saúde pública do País. Segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil 31% das gestações terminam em aborto; anualmente, ocorrem cerca de 1 milhão de abortos espontâneos e inseguros, com uma taxa de 3,7 casos para 100 mulheres de 15 a 49 anos.

Esses números não contemplam os abortos feitos por razões médicas e legais - ou seja, aqueles permitidos pelo Código Penal, que tratam de risco de morte para a mulher e de gravidez resultante de estupro. Em 2006, esses casos foram responsáveis por 2.068 internações no Sistema Único de Saúde (SUS).

A gravidade da situação se reflete no SUS. Em 2006, 230.523 internações foram motivadas por curetagens em conseqüência de complicações de abortos espontâneos e inseguros, ao custo de R$ 33,7 milhões.

A curetagem é o segundo procedimento obstétrico mais praticado nas unidades de internação, superada apenas pelos partos normais. As 2 mil internações relativas aos abortos por razões médicas e legais custaram ao SUS, em 2006, R$ 302,8 mil.

Reportagem - Rodrigo Bittar
Com informações do Ministério da Saúde
Edição - João Pitella Junior

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